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O ministro Paulo Brossard, 89 anos, que presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 1992 a 1993, é o entrevistado do 14º episódio da série “Novos olhares sobre o tempo – Memórias da Democracia”, que estreia neste sábado (26) na TV Justiça. Paulo Brossard conta um pouco da história da Justiça Eleitoral e fala de temas atuais, como reforma eleitoral e partidos políticos.
Defensor da fidelidade partidária, o ministro exerceu mandatos de deputado federal e estadual. “Sempre fui partidário, sempre valorizei o partido. No momento em que foi extinto o Partido Libertador, eu não me filiei a nenhum outro. Partido é uma entidade viva. A legenda pode ser uma legenda morta. Agora, com essa proliferação de partidos, ou de legendas, que não são partidos, o ambiente não favorece a vida partidária, ao contrário, compromete a vida partidária”, ressalta Paulo Brossard.
Na segunda parte do programa, em uma conversa com o desembargador aposentado Leonel Tozzi, Paulo Brossard conta como o Código de 1932 mudou o sistema eleitoral brasileiro, e relembra a ocasião em que, depois de aposentado, voltou ao Supremo Tribunal Federal, como advogado, para defender a fidelidade partidária. Para o ex-presidente do TSE, a relação entre políticos e partidos poderia ser semelhante à relação entre torcedores e times de futebol. “A fidelidade de um colorado ao Internacional e a fidelidade de um gremista ao Grêmio é praticamente absoluta. Eu não conheço um gremista que virou colorado e vice-versa. Eu gostaria que os partidos tivessem 10% da fidelidade que o Grêmio tem e que o Internacional tem - seriam grandes partidos”, avalia.